Musica linda...Do filme "Once" - Apenas um vez. O filme, em si, meio chatinho e piegas, mas vale a pena a trilha sonora, performada pelos atores principais, que bem podiam ter se contentado com a carreira musical.
Mas, que de estranho há nisto...?
Anormal seria a felicidade perene, esta, além de anormal,
nem seria notada e, mais,seria tediosa.
Não fomos criados para a feliciadade...
Nem para o encontro.
Desencanto? Um reencontro com a normalidade, o rotineiro.
Seguimos trajetórias invisíveis que por vezes interceptam-se, pelo tempo exato e necessário.
[...] estranhos tem chance de se encontrar em sua condição de estranhos saindo como estranhos do encontro casual que termina de maneira tão abrupta como começou. [...] ... parece por comparação um "desencontro".
[...] O encontro de estranhos é um evento sem passado . Frequentemente também um evento sem futuro, uma história para "não ser continuada"
( Baumann, Zygmunt - Modernidade Líquida, pág 111)
E labirintos, caminhos criados pelo ser humano desde a época mais remota, com as mais diversas intenções ( ou interpretações) , estes simbolizam para alguns povos a busca por uma imersão em si mesmo, morte e renascimento.
Onde nos perdemos ( de nós, com outros, de outros) e de como nos re-encontrarmos. Labirínticos são os caminhos que temos de percorrer de fato.
Tempo de permitir-se o silêncio, recriar a partir de si próprio e de perceber-se broto, a um só tempo bulbo, raiz, caule e essência que se desvanece, dervir.
Nada.
Nada há mais a se dizer, já que simplesmente esgotaram-se todas as possibilidades de auto-ilusão possiveis. Ponto final.
Ponto final aqui, dentro de mim também? Aí cabem inúmeras reticências, interrogações num sem fim.
Quando as coisas terminam dentro da gente?
Acontece de ser ao mesmo tempo de estas terminarem em nossas vidas? Não, na maior parte das vezes.
Nunca, ouço aqui dentro.
Não. Nunca. Mais.
Nunca mais é algo muito sólido, e retumba. Espalha-se como circulos concêntricos crescentes, uma pedra jogada na água até então parada.
Crescentes e abrangendo todo o espaço ao redor, ondas e ondas.
De tudo,, que só reste o nada.